Na região norte o primeiro registro de boi-bumbá ocorreu em 1859, em Manaus-AM, no período de festas juninas, e colonização desenvolvida pela sociedade nacional ao longo dos últimos 150 anos, entre os quais as tradições indígenas, nordestinas, paraenses, bolivianas, caribenhas, afro-brasileiros, e outras tradições de grupos etno - culturais.
É o resultado de uma interação contínua já em Em Porto Velho a formação das identidades sociais está associada às formas de ocupação entre pessoas e/ou povos de determinadas nacionalidades que migraram para esta localidade, tendo hoje, como resultado maior a flor do maracujá, com apresentações de quadrilhas e bois-bumbás, sendo a quadrilha inspiradas nas antigas danças campesinas e o boi-bumbá o folguedo que satiriza os senhores de engenho.
Rondônia o primeiro registro ocorreu no jornal Alto Madeira em 20/06/1920 com a apresentação de um grupo de boi-bumbá em Santo Antonio- O Boi Sete Estrelas.Em Porto Velho, baseado no registro do jornal Alto Madeira, o boi-bumbá passou a ser praticado no período de festas juninas em 1921 com apresentações do “Boi Prata fina” seguido em 1922 pelo “Boi Caprichoso”.
De 1923 a 1939 não há registro de criação de bois em Porto Velho, na década de 40, surgiu o Boi Nova Letra, Boi Estrela, Boi sete Estrelas e o Boi Corre Campo(grande destaque até hoje), o boi Mina de Ouro e o Boi Brilhante, em 60-Boi Dominante, Boi Mirim, Flor do Campo, Malhadinha, Garantido e Galante. Em 70 vários grupos desapareceram, os mais resistentes ficavam com suas apresentações restritas aos currais e residências de seus padrinhos.
Em 1980, motivadas pela criação de mostras, surge o “Arraial Flor do Maracujá “ resgatando suas quadrilhas e bois-bumbás que teve sua “primeira mostra de quadrilha e boi-bumbá” realizada n escola Barão de Solimões, promovido pela prefeitura municipal de Porto Velho e em 1982 a primeira mostra do estado na EEEM Rio Branco e a partir de 1983 o primeiro arraial flor do maracujá.
Na década de 90 há a consolidação dos bois, década esta em que surgiu o Boi Diamante Negro(1993),sendo 04 vezes campeão e 08 vezes vice, liderado por Aluízio Guedes(o amo), na comunidade do Jardim Eldorado, tendo a participação de vários alunos da EEEFM Professor João Bento da Costa. Entre os personagens tradicionais encontramos no boi Diamante Negro, o amo, o pai Francisco e catirina, o padre, os doutores da vida, cachaça e Relâmpago, Cazumbá e mãe Maria, o primeiro rapaz e o primeiro vaqueiro, os índios, o miolo do boi(pessoa que carrega o boi) a burrinha, o sacristão e o bicho folharal(único que tem raízes em Rondônia).
Com o advento de Parintins introduziu-se as personagens cunhá-poranga, a sinhazinha, a porta estandarte ,a rainha do folclore, rainha da batucada, o diretor de batucada, o levantador de toada, o pajé, a morena bela, sinhazinha mirim, vaqueiro da madrugada e a Yara.
Pode até parecer muitos personagens, mas através de encenações perfeitas o tradicional interage com o novo, levando ao público um espetáculo grandioso, embora alguns críticos aleguem que a tradição dos folguedos vem sendo sufocada pela “onda de Parintins”.
Esse material é digno de uma cultura e in formaçoes que precisa resgatada.Materia rica para quem necessita conhecer a nossa identidade. Parabens pelo site informativo. Bela reportagem de interesse publico e cultural
ResponderExcluir